Mundo Lilás

Esse mundo pedido pedindo marcha, marchando pela vida e contra ela.
Vida que segue suja de sangue, nas suas mãos, o  sangue dela.
Vale menos que a morte que a segue, que sente e subverte.
Sangue de gente, vale menos que vela.
Sangue de mulher se derrama em mesas, em macas, na mansão e na favela.

Sangue de mulher é sangue de luta. De cultura e resistência. 
Derruba muro, derrama sangue nessa e outra vida reinventa.

Vida feminina, bandida resistência. 
Limita o sonho a uma boneca, fogão e se resiste é demência.
Sou grata as margaridas, as vadias e as que marcham.
De lilás pintam o mundo, resistindo a cultura de macho.

Poesia é resistência, deve ser feminista, deve ser fêmea.
Em mundo machista, ser mulher é luta, é sangue e quebrar corrente.

Sou mulher, sou fera. sou bicho e sou feroz. 
E pra macho não me calo, vão ter que engolir minha voz.

Ralúsia Nunes
09/11/2016

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