Um dia de cada vez

Queria conseguir escrever bonito e de maneira singela tudo aquilo que tenho no peito, nos olhos, nos pulmões, nas mãos, nos pés. Queria muito descrever com fidelidade cada pensamento.  Queria conseguir não pensar muito. Não antecipar tudo. Não temer o que não deve ser temido.

Queria coragem de fazer um diário gigante, onde possa expor a dor e as alegrias de ser eu. Queria coragem expor a alma.

Hoje tentei conversar sobre o mundo. Sobre a dor e as desigualdades. Sobre teorias, sobre praticas. Mas pra quem alimenta seus preconceitos com tamanha fervura, é impossível essa pratica.

Hoje a questão foi família. Homem e Mulher, apenas.

Homem e mulher, família.

Homem deixa mulher, coisa de família

Mulher Deixa Homem, destruidora de Famílias.

Mulher, homem e criança, família.

morre pai, fica a mãe, 

viúva não forma família.

Fica tia ajudando irmão criando do irmão

Tia não é família.

Família é cuidado, afinidade

não é sangue não.

Sangue a gente derrama. 

Família não é atoa. 

Não é genética, porque se for sangue, sangue se doa.